Impacto
Isquiofemoral

Os pacientes afetados são tipicamente do sexo feminino, sugerindo uma relação potencial entre a disposição anatômica pélvica feminina, com tuberosidades isquiáticas mais proeminentes e separadas, gerando um conflito mecânico a nível deste espaço.

Imagem Impacto Isquiofemoral

O tempo clínico varia de meses a anos, com dor no nível anterior e medial do quadril, às vezes com irradiação para o membro inferior. O envolvimento é bilateral em até um quarto dos pacientes.

Naqueles pacientes em que há suspeita clínica, uma radiografia simples do quadril em ligeira adução, rotação externa (ao contrário do estudo realizado de forma convencional) e extensão pode ser potencialmente útil em alguns casos – valor normal do espaço isquiofemoral 1,7 cm.

O diagnóstico, entretanto, é feito com a ressonância magnética. Os achados característicos são a redução do espaço isquiofemoral em comparação com controles saudáveis (espaço isquiofemoral de 23 ± 8 mm e espaço femoral quadrado de 12 ± 4 mm) e a alteração do sinal do músculo femoral quadrado, que se traduz em edema ao nível do junção miotendinosa ou ruptura intramuscular. Se o tempo de evolução clínica for longo e o acometimento for crônico, pode-se observar atrofia muscular e substituição dos feixes musculares por tecido fibrogorduroso.

O diagnóstico diferencial é feito com as condições que implicam em dor na virilha, excluindo tendinite, bursite, osteíte ou sifisite, entre outras.

Não existe um tratamento ideal, tendo-se tentado o repouso, o uso de analgésicos e infiltrações locais com resultados satisfatório. O tratamento cirúrgico atinge o alívio clínico definitivo pela ressecção do trocanter menor por via endoscópica.

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