Bursite
trocantérica

A bursite trocantérica é uma patologia que afeta o quadril e é muito comum em mulheres e também em pessoas que possuem uma constituição anatômica que a produz.

Imagem Bursite Trocantérica

A bursite trocantérica é a inflamação das estruturas que recobrem o trocanter maior, que é a parte mais externa do quadril. Ele está localizado na região lateral da coxa, especificamente entre o glúteo e a virilha. É doloroso e o desconforto geralmente se traduz em um sintoma persistente e intermitente, podendo ocorrer durante atividades importantes e às vezes em repouso. É uma lesão cuja irritação se desperta facilmente ao contato, por exemplo com o uso de roupas bem justas, sentado na cadeirinha ou com estruturas que produzem compressão local entre a pele, a fáscia lata (músculo que reveste o trocanter maior) e as estruturas que estão no osso.

O mais comum é a irritação crônica da bursa, que é uma estrutura que separa o plano da fáscia lata do plano do trocanter maior com sua inserção distal do vasto lateral e do glúteo médio proximal. Esta estrutura é uma lâmina delgada que possui um pequeno músculo que a tensiona e que, muitas vezes, pode ser a causa de inflamações, como nos estados reumatológicos, com alguma frequência em atletas, principalmente em jogadores de futebol e rúgbi, que aliás, jogo em que muitas vezes eles derrapam.

Também pode ser traumático, como resultado de golpes laterais, embora muitos dos casos sejam devidos a causas idiopáticas desconhecidas.

Esse tipo de bursite é mais frequente em mulheres, inclusive em pessoas que possuem uma constituição anatômica que a produz, como ter a fáscia lata com algum contato anatômico especial, o que provoca irritação. Claro, essa causa ocupa um lugar secundário.

Os principais sintomas dessa lesão são dor na lateral da coxa, irritação com roupas, um pouco de claudicação (hesitação ao caminhar), dificuldade para subir ou descer escadas, sentar, cruzar as pernas e curvar-se, entre outros fatores.

O diagnóstico é por descarte, pois outras patologias de maior relevância ou de maior repercussão na área são analisadas e só então é diagnosticada a bursite trocantérica, quando outra lesão é descartada.

Em relação aos exames, é preciso ressaltar que a radiografia geralmente não mostra nada, por isso é preferível fazer um ultrassom que detecte o aumento de partes moles, fluidos ou qualquer sinal que comprove a lesão. Você também pode realizar um exame mais sofisticado, como uma varredura ou uma ressonância magnética, que servirá para descartar patologias mais graves.

O tratamento inicia de forma conservadora com uso de analgésicos, mudança local de temperatura (calor ou frio), medidas de aumento muscular, tanto nos músculos abdutor e glúteo. Mecanismos que produzem trauma ou dor na região do quadril devem ser evitados.

Com esse tratamento básico, alguns pacientes melhoram, e, embora seja um percentual menor, muitos continuam apresentando dor e devem ser infiltrados.

Um terceiro passo, enquanto o tratamento não estiver dando os resultados desejados, poderia ser o uso de terapias regenerativas.

Por fim, e em casos muito específicos, pode-se recorrer a um procedimento cirúrgico, que consiste basicamente em liberar a pressão sobre o trocanter maior, para a qual são utilizadas diferentes técnicas, que dependerão do caso particular de cada paciente. É uma operação que não é particularmente complexa. Mesmo assim, não há certeza de que a lesão irá embora.

Os tratamentos são diversos e vão depender de cada caso de uma forma particular. Mas deve-se notar que a paciência é a base do tratamento dessa lesão.

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